Política

Walter Alves luta por unidade da Embrapa no Rio Grande do Norte

Por em 23 de março de 2016 às 13:17:13

Caatinga 2. Foto  -Eugênio Oliveira

O Rio Grande do Norte é um dos poucos Estados brasileiros que não possui unidade descentralizada ou escritório de representação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (Mapa), a Embrapa é responsável, ao longo dos anos, por criar modelos de agricultura que transformaram o Brasil numa das potências agropecuárias mundiais.

Ciente da potencialidade da Embrapa, dos trabalhos desenvolvidos nos Estados onde está presente e preocupado com os efeitos devastadores da seca no Nordeste, o deputado federal Walter Alves (PMDB) apresentou indicação ao Ministério da Agricultura solicitando uma unidade descentralizada do órgão no Rio Grande do Norte.

“Queremos uma unidade no nosso Estado para que haja a promoção de pesquisas específicas voltadas para a nutrição animal no bioma da caatinga”, informa o parlamentar.

Na indicação protocolada junto à Presidência da Câmara dos Deputados, Walter Alves explica que a unidade no RN será responsável em estudar melhorias na nutrição alimentar de rebanhos ovinos, bovinos e caprinos da caatinga, além de melhorias para a agricultura.

Os estudos terão impacto positivo direto na vida dos agropecuaristas que, periodicamente, são prejudicados com a morte de centenas de animais e devastação de plantações devido à estiagem severa.

O parlamentar informa ainda que a caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta.

“Por essa importância, apresentamos a indicação e esperamos que o Ministério seja sensível ao nosso pleito”, diz Walter Alves.

Além do Rio Grande do Norte, apenas os Estados do Espírito Santo e Alagoas não possuem unidades da Embrapa em seus domínios territoriais.

“Precisamos colocar o nosso Estado no mapa do desenvolvimento que a Embrapa pode proporcionar. Ficaremos atentos e vamos pressionar o Governo Federal”, completa o deputado federal.

Caatinga

Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga ocupa uma área de cerca de 850 mil quilômetros quadrados, aproximadamente 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do Norte de Minas Gerais.

O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, associado à imagem de local pobre e seco, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a caatinga é rica em biodiversidade. O bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas.

Aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem na região. A biodiversidade da caatinga ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrossilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.

FOTO: Eugênio Oliveira

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