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Minha Casa, Minha Vida pode ter a garantia do ‘FGTS Futuro’
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está planejando liberar em março o uso do “FGTS Futuro” para a aquisição de imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
Essa modalidade, aprovada pelo Congresso em 2022 e ainda pendente de regulamentação, permite que os tomadores de crédito utilizem os depósitos futuros do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para financiamentos imobiliários. Na prática, o banco desconta as parcelas diretamente da conta do trabalhador, conforme os depósitos vão sendo realizados.
Inicialmente, o foco será na Faixa 1 do MCMV, destinada a famílias com renda de até R$ 2,6 mil. O Ministério das Cidades estima beneficiar cerca de 60 mil famílias anualmente com essa medida. Para isso, é necessário o aval do Conselho Curador do FGTS, que realizará sua primeira reunião ordinária do ano em março.
O objetivo é ampliar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda, especialmente em um momento de queda da taxa básica de juros, a Selic, e de melhora do mercado de trabalho.
No entanto, há riscos associados, como o trabalhador perder o vínculo empregatício e, consequentemente, ter que arcar com parcelas maiores do que o previsto, comprometendo seu orçamento doméstico.
Dados do mercado de trabalho indicam que a rotatividade nessa faixa de renda tende a ser mais alta do que em outros estratos sociais, o que pode aumentar o risco para os tomadores de crédito.