O esporte brasileiro está em luto pela perda irreparável da multimedalhista Joana Neves, de 37 anos, que faleceu na madrugada desta segunda-feira (18) em São Paulo.

Eleita em 2020 a melhor nadadora paralímpica do país no Troféu Best Swimming, a atleta, carinhosamente conhecida como Joaninha e Peixinha, não resistiu a uma parada cardiorrespiratória, conforme comunicado oficial divulgado pelo clube que representava, a Sociedade Amigos do Deficiente Físico (Sadef).

De acordo com informações da Sadef, Joana Neves estava na capital paulista para realizar exames médicos, pois havia apresentado episódios de convulsão recentemente.

No domingo (17), a atleta foi levada ao hospital após se sentir mal durante os treinamentos no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), mas infelizmente não resistiu à parada cardiorrespiratória.

Ao longo de sua carreira, Joaninha conquistou inúmeras medalhas, tornando-se uma das principais referências da modalidade. Foi campeã mundial nos 50 metros livres e no revezamento misto 4x50m, além de conquistar a medalha de bronze em Glasgow (2015).

No último Mundial, realizado na Ilha da Madeira (Portugal) há dois anos, Joaninha subiu ao pódio quatro vezes: conquistou ouro no revezamento 4x50m livre misto, prata nos 50m livre (classe S5) e ainda levou dois bronzes (50m borboleta e 100m livre).

Nas Paralimpíadas, Joaninha acumulou duas medalhas de prata e três de bronze em Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020, respectivamente. Nos Parapan-Americanos, destacou-se com quatro ouros em Gualalajara (2011), cinco em Toronto (2015) e mais quatro em Lima (2019), mostrando sua excepcional habilidade e determinação ao longo dos anos.