No começo da tarde desta quarta-feira (15), o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira. A informação foi divulgada através de nota oficial da pasta.

Nos bastidores a saída de Wanderson já era esperada, assim como de outros membros do ministério por conta dos atritos provocados pelo presidente Jair Bolsonaro com o ministro Luiz Henrique Mandetta.

Na última semana, após o governo ameaçar demitir o ministro, a equipe próxima de Mandetta já tinha sinalizado que deixariam os cargos, caso o ministro não estivesse no comando do ministério.

O ministério poderá sofrer um esvaziamento nos próximos dias em meio a pandemia do coronavírus. Assim como Mandetta, o profissional é defensor do isolamento social como estratégia de contenção do vírus e acabou se opondo ao posicionamento de Bolsonaro.

Com informações do Notícias ao Minuto

O presidente Jair Bolsonaro compartilhou nesta quarta-feira, 15, nas redes sociais, vídeo com ataques a medidas de isolamento social adotadas no combate à pandemia da covid-19.

Bolsonaro destacou o título do vídeo "Os sócios da paralisia", publicado originalmente pelo jornalista Guilherme Fiuza, em que é apresentada uma série de críticas ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

No vídeo, Fiuza cita um "show mórbido" e destaca que não existem "mapas" comprovando o efeito mitigador do distanciamento social na prevenção ao novo coronavírus.

"Você está em casa assistindo o governador de São Paulo assumir a paternidade da cloroquina, o ministro da Saúde explicar que traficante também é gente, jornais estrangeiros publicar fotos de covas abertas para dizer que o Brasil não tem mais onde enterrar seus mortos, entre outras referências intrigantes e estridentes sobre o assunto. Se você está paralisado e catatônico é porque já sabe que isso é um show mórbido", afirm.

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O deputado federal Walter Alves (MDB-RN) apresentou um Projeto de Lei (PL) para proteger os estudantes beneficiários do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que, devido à pandemia do Covid-19, correm o risco de ficarem inadimplentes. A proposta de Walter suspende o pagamento das prestações do financiamento enquanto durar a situação de pandemia.

“Nessa emergência da pandemia do Covid-19, e em qualquer outra emergência pública, é evidente a possibilidade de desequilíbrio econômico financeiro de milhões de brasileiros. E nesse rol, estão inseridos os estudantes universitários”, afirma Walter Alves.

O PL proposto pelo parlamentar cria um mecanismo emergencial de superação da situação de inadimplência estudantil dos beneficiários do Fies durante as situações de pandemia classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para Walter Alves, a proteção dos beneficiários do Fies é de extrema importância, “durante essa e qualquer outra pandemia”, acrescenta.

A proposta do deputado soma-se às regulações emergenciais destinadas a assegurar o emprego e renda de milhões de brasileiros. De acordo com Walter, é fundamental que sejam criados mecanismo capazes de assegurar a proteção ao emprego e a garantia de renda mínima da população, bem como deve-se estabelecer uma proteção aos estudantes universitários para evitar a inadimplência junto ao Fies. “Por isso, apresentamos essa proposta e esperamos que seja aprovada”, diz.